Crônica da Semana - Sinais do Cristo Ressuscitado
Sinais do Cristo Ressuscitado
Eduardo da Silva - Teddy
Membro da PASCOM - Paróquia Imaculada
O ditado popular “É preciso ver para
crer” vem da passagem bíblica de São Tomé, como a maioria já sabe. Nem sempre é
fácil perceber os sinais de Jesus ressuscitado na nossa vida. Confissão, missa,
oração, abstenção de alguma comida ou bebida fazem parte do ritual ou
espiritualidade nesta época da semana santa e um dos momentos mais fortes da fé
católica. A celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus foi um
acontecimento que até os discípulos que viveram com Ele demoraram a
compreender.
Como podemos nós, depois de 2000 anos,
acreditar que Jesus ressuscitou?
Assim como Tomé, quais os sinais
esperamos de Deus?
Ao contrário, se você acredita Nele,
agradeça a Deus. Você é um “bem-aventurado”.
“Bem-aventurados
os que creram sem terem visto!” (Jo
20, 29)
Se procurarmos no dicionário o significado de Cristão,
encontraremos:
Aquele que é
batizado; que recebeu o batismo. Sacramento que, segundo o cristianismo, retira
o pecado original de quem o recebe. O indivíduo que adere ao cristianismo ou
aquele que professa a religião de Cristo.
Para nós católicos, o cristão é aquele
que tem fé no CRISTO RESSUSCITADO. Há quem pense que nós católicos acreditamos
sem termos visto. É claro que não vimos a marca dos pregos, nem colocamos o
dedo nelas, mas os sinais da presença de Deus estão aí.
Caridade, generosidade, gratuidade e
solidariedade, tenho seguido essa linha intensamente na crônicas. Os discípulos
presenciaram diversos milagres e conversão da alma e do coração daquele povo
sofrido. Os Apóstolos viveram com Jesus e não compreenderam a ressurreição ao
chegarem no túmulo. Tomé teve que ver e colocar a mão nas marcas dos pregos.
“De
fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia
ressuscitar dos mortos.” (Jo 20, 9)
Já Saulo, depois de convertido São Paulo,
não conviveu com Jesus e acreditou. Os que que vieram depois dos apóstolos
acreditaram, o testemunho de cada um deles foi passando até chegar em nós. E de
acordo com Jesus somos “Bem-aventurados” e nos cabe a missão de mostrar ao
próximo os sinais de Deus e da plenitude dos céus.
A
caridade é o sinal. A generosidade é o sinal.
Percebemos facilmente esses sinais de
desprendimento do eu, na vida de Santa Madre Teresa, Santa Dulce dos pobres,
Padre Vitor, Beata Nhá Chica e tantos outros.
Podemos entender, que ao tratar o meu próximo como eu gostaria de
ser tratado, é Deus mostrando os sinais Dele para esse irmão.
Se nós que cremos e somos
“bem-aventurados”, não testemunhamos sinais de solidariedade e perdão ao nosso
próximo, como Jesus poderá tocá-lo?
Podemos saber
que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus
mandamentos. Pois isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos.” (1Jo 5, 2-3)
Na moda do comportamento de hoje, não se
aceita perdoar alguém que lhe fez mal. Humanamente é incompreensível, é difícil
imaginar, por exemplo, uma mãe perdoar o assassino do seu próprio filho. Isso é
desapegar do meu eu, da minha vontade de vingança e de ressentimento. Isso é só
para “bem-aventurados”
O cristão católico é aquele que acredita
no Jesus ressuscitado!
Quem acredita no Cristo ressuscitado,
divulga, declara e testemunha o que ele ensinou!
“A
Santa Missa, também chamada de Eucaristia, é o memorial perpétuo da Paixão,
Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Repete diariamente o tríduo da semana
santa.” *
Infelizmente a participação na missa está
bastante restrita pela pandemia, mas é sinal de caridade e profunda consciência
não contaminar o próximo.
Mas no futuro perto, queira Deus, depois
do fim das restrições proponho um desafio de caridade...
Chame as pessoas de sua convivência para
participar da santa missa, nisso podemos contribuir para que as pessoas
percebam seus sinais de Deus e creiam sem ver Jesus.
O primeiro passo do católico é viver
semanalmente ou até diariamente o memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de
Jesus Cristo.
Referência: