Crônica da Semana - COMO ESTÁ, COMO VAI A SUA FÉ?
COMO
ESTÁ, COMO VAI A SUA FÉ?
Adalton Cristino Borges
Acredito
que cada um de nós, pelo menos uma vez já tenha pronunciado esta frase da Carta
de São Paulo aos Romanos: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (31b)
Mas
quando pronunciamos esse versículo em que contexto estamos, como nos
encontramos diante da vida, como estamos professando a nossa fé?
Somos
humanos e assim em nossa vida precisamos entender que nem sempre estaremos
felizes como desejamos estar, pois a cada dia a missão nos traz novos desafios.
Nossas responsabilidades se renovam, nossa saúde precisa dos nossos cuidados e
assim devemos estar convictos que chegarão os momentos de tribulação, de
deserto, de lágrimas, mas precisamos estar crentes também de que tudo passará e
necessitamos assim alimentar, fazer crescer e amadurecer a nossa fé.
Outra pergunta constantemente viável fazermo-nos e talvez seja um questionamento que Deus pode apresentar-nos diante dos nossos momentos de conversão é:
-
O que estou disposto a fazer por Deus e para Deus?
Diante
deste mundo que cada vez mais procura desviar-nos dos conceitos e atitudes com
teor fraterno, tentando-nos para que diante das facilidades ou dificuldades,
optemos por aquilo que poderá nos gerar prazer, que serão apenas volúpias, ou ações
egoístas que a princípio possam nos trazer um certo conforto, mas que irão com
o tempo retornar a nós de modo muito doloroso, precisamos orar e clamar a Deus
nossa perseverança para praticarmos cada vez mais pensamentos, palavras e
gestos de fé.
A
Fé nos pede, digo até que nos exige, a virtude da obediência, virtude esta, que
sempre indico, seja a mais difícil a ser praticada. Em muitas situações a
obediência nos convida a descermos do nosso patamar de preconceitos, normas e
convicções, mas que nos colocarão num nível onde a humildade com atitudes mais
cristãs, trarão a certeza de vivenciar a fé, obedecendo a Deus e Nele confirmar,
aguardando esperançosos que por Suas Mãos e Misericórdia, serão oferecidos o
que realmente seja o melhor e que orientarão para que sejamos conduzidos à vida
eterna.
Dizer
que temos fé num momento de bem-estar ou normalidade de vida é muito fácil; mas
será em situações de calvário, onde mais do que nunca ela deverá ser praticada
e porque não apurada, para que faça crescer em nós a concepção de verdadeiros
discípulos. Precisamos estar preparados para vivenciarmos a “transfiguração de
Jesus”, mas solícitos e firmes na fé para acompanhá-Lo na sua “desfiguração”,
nos momentos da cruz, que poderão ser também os nossos.
E
como bem diz a letra de um pequeno hino católico, lembrado e cantado hoje pelo
sacerdote que presidiu a missa em nossa Comunidade: “Indo e vindo, trevas
e luz, tudo é graça que a Deus nos conduz!”