Informação Especial - 21/01 - Presidente da CNBB fala das perspectivas pastorais para a Igreja no brasil em 2021: “somos chamados a contribuir na construção da fraternidade social”
Presidente da CNBB fala das perspectivas pastorais para a Igreja no brasil em 2021: “somos chamados a contribuir na construção da fraternidade social”
Dando sequência à série de entrevistas: “Igreja no Brasil – perspectivas pastorais 2021” que o portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) começou com o secretário-geral, dom Joel Portella Amado, em 31 de dezembro de 2020, hoje publicamos mais uma entrevista com um dos membros da presidência da Conferência. Desta vez, fala o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo.
Segundo o presidente da
CNBB, o desafiador ano de 2020 exigiu a reorganização de diferentes
instituições sociais, sem exceções, entre elas a Igreja no Brasil. “A Igreja
precisou se fortalecer ainda mais no serviço aos mais pobres, com ações
solidárias emergenciais. Ao mesmo tempo, considerando a exigência do
distanciamento social, importante para conter a propagação da Covid-19,
reconfigurou a sua ação evangelizadora, avançando aceleradamente na adequada
utilização de novas tecnologias para proclamar a Palavra de Deus”, disse.
Dom Walmor: “Sejamos
testemunhas da fraternidade em nossas comunidades”. Foto: Ascom arquidiocese de
Belo Horizonte (MG).
O presidente da CNBB
destacou ainda que a Igreja no Brasil, em cada comunidade eclesial missionária,
diante da dor da humanidade, avançou na sua tarefa de ser Casa da Palavra, Casa
do Pão, Casa da Caridade e Casa da Missão, em referência aos pilares das
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023),
aprovadas na 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em maio de 2019, em
Aparecida (SP).
Cultivar a Esperança
De acordo com ele, apesar
deste momento tão adverso vivido pelo mundo e pela Igreja no enfrentamento à
pandemia, é possível cultivar a esperança neste novo ano. Para projetar 2021,
dom Walmor aponta ser necessário contemplar o caminho já percorrido, no
horizonte das Diretrizes Gerais para Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
“O que as comunidades eclesiais missionárias têm feito, neste tempo de
pandemia, é exercício encorajador para dar novos passos”, disse.
“É preciso reconhecer que o
fortalecimento da Igreja a partir das DGAE 2019-2023 constitui processo
contínuo, interligado com as Diretrizes precedentes, com os documentos da
Igreja. Um caminho de amadurecimento permanente, que somos chamados a trilhar,
na fidelidade ao que Jesus pede a cada pessoa: anunciar o Reino de Deus a toda
criatura”, apontou.
Dom Walmor indica que para
dar novos passos nessa missão, a Igreja no Brasil precisa ser cada vez mais
acolhedora, para que todos se sintam reconfortados, amparados, nas muitas
comunidades eclesiais. “A comunidade eclesial deve ser um lar para todos. Essa
perspectiva nos aproxima dos primórdios da Igreja e, ao mesmo tempo, indica-nos
a nossa responsabilidade neste tempo: contribuir com a construção da
fraternidade social, conforme nos pede o Papa Francisco”, reforçou.
“Sejamos testemunhas dessa
fraternidade em nossas comunidades, respeitando as diferenças que tanto
enriquecem a nossa unidade. Assim evangelizamos em muitos contextos,
especialmente nas regiões mais urbanizadas, onde os laços de fraternidade se
enfraquecem, as pessoas padecem com a solidão e com relações superficiais”,
exortou.