Informação Especial - 29/01 -Mensagem do Papa para o Dia das Missões: é urgente a missão da compaixão
Mensagem do Papa para o Dia das Missões: é urgente a missão
da compaixão
Mensagem do Papa é um convite a todos os batizados (Vatican Media)
Em
vista do Dia Mundial das Missões, o Papa afirma que hoje Jesus precisa de
corações que sejam capazes de viver a vocação como uma “verdadeira história de
amor”, que os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e
instrumentos de compaixão.
Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano
"Não
podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos" (At 4, 20): este é o tema
escolhido pelo Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, que a Igreja
celebrará no dia 17 de outubro.
O
versículo foi extraído dos Atos dos Apóstolos, o livro que os missionários
“sempre têm à mão” por mostrar como “o perfume do Evangelho” se difundiu
através dos Apóstolos.
A
experiência dos Apóstolos
Pois
bem, aqueles tempos não eram fáceis, recordou Francisco. Os primeiros cristãos
começaram a sua vida de fé num ambiente hostil e árduo, que ao invés de os
debilitar, os impeliu a transformar cada incômodo em oportunidade para a
missão, pois “nada e ninguém podia permanecer alheio ao anúncio libertador”.
O
mesmo se passa conosco, analisou Francisco.
“A
situação da pandemia evidenciou e aumentou o sofrimento, a solidão, a pobreza e
as injustiças de que já tantos padeciam, e desmascarou as nossas falsas
seguranças. (...) Experimentamos o desânimo, a decepção, o cansaço. Porém, nós
não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus.”
A
sua ressurreição, escreve o Pontífice, é uma Palavra de esperança que desfaz
qualquer determinismo. “Com Jesus, vimos, ouvimos e constatamos que as coisas
podem mudar.”
“Neste
tempo de pandemia, perante a tentação de mascarar e justificar a indiferença e
a apatia em nome de um sadio distanciamento social, é urgente a missão da
compaixão, capaz de fazer da distância necessária um lugar de encontro, cuidado
e promoção.”
No
contexto atual, prossegue o Papa, “há urgente necessidade de missionários de
esperança que, ungidos pelo Senhor, sejam capazes de lembrar profeticamente que
ninguém se salva sozinho”.
Um
convite a cada um de nós
Deste
modo, o tema do Dia Mundial das Missões é um convite dirigido a cada um de nós
para cuidar e dar a conhecer aquilo que tem no coração. Esta missão é, e sempre
foi, a identidade da Igreja: «ela existe para evangelizar». Não é o momento de
se fechar.
Para
Francisco, mesmo os mais frágeis, limitados e feridos podem ser missionários à
sua maneira, “porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado”. E a
este ponto expressa a sua gratidão a todos os missionários:
“Lembramos
especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e família para
que o Evangelho pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles ângulos de
aldeias e cidades onde tantas vidas estão sedentas de bênção.”
História
de amor
Hoje,
continua o Papa, Jesus precisa de corações que sejam capazes de viver a vocação
como uma “verdadeira história de amor”, que os faça sair para as periferias do
mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos de compaixão.
As
periferias não são só geográficas, recorda Francisco, mas existem perto de nós,
no centro de uma cidade ou na própria família.
“Sempre,
mas especialmente nestes tempos de pandemia, é importante aumentar a capacidade
diária de alargar os nossos círculos."
A
missão não é fruto de cálculos, mas é aventurar-se no cultivo dos mesmos
sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a pessoa ao meu lado é
também meu irmão, minha irmã.
“Que
o seu amor de compaixão desperte também o nosso e, a todos, nos torne
discípulos missionários.”