O Papa no Angelus: "Jesus fala com autoridade, o Filho de Deus que cura"
Papa Francisco - Angelus (Vatican Media)
O Papa no Angelus: "Jesus fala com autoridade, o Filho
de Deus que cura"
O
Papa Francisco pediu novamente aos fiéis que carreguem no bolso, na bolsa um
pequeno Evangelho para lê-lo durante o dia, para ouvir aquela palavra com
autoridade de Jesus. “Todos nós temos problemas, peçamos a Jesus a cura de
nossos pecados de nossos males”.
Silvonei José – Vatican News
"A
passagem do Evangelho deste domingo narra um dia típico do ministério de Jesus;
em particular, é um sábado, um dia dedicado ao descanso e à oração": assim
iniciou o Papa Francisco a sua alocução neste domingo que precedeu a Oração
mariana do Angelus, recitada, como nos domingos precedentes, na Biblioteca do
Palácio Apostólico no Vaticano, devido à pandemia de coronavírus.
Na
sinagoga de Cafarnaum, - continuou o Papa - Jesus lê e comenta as Escrituras.
Os presentes são atraídos pela maneira como ele fala; eles se maravilham porque
ele demonstra uma autoridade diferente da dos escribas. Além disso, Jesus se
revela poderoso também nas obras. De fato, um homem na sinagoga se volta contra
ele, questionando-o como o Enviado de Deus; Ele reconhece o espírito maligno,
ordena-lhe que saia daquele homem, e assim o expulsa.
Francisco
afirma em seguida que “aqui vemos os dois elementos característicos da ação de
Jesus: a pregação e a obra taumatúrgica de cura”.
“Ambos
os aspectos se destacam na passagem do evangelista Marcos, mas o mais destacado
é o da pregação; o exorcismo é apresentado como uma confirmação da singular
"autoridade" de Jesus e de seu ensinamento. Ele prega com autoridade
própria, como alguém que possui uma doutrina que deriva de si mesmo, e não como
os escribas que repetiam tradições precedentes e leis promulgadas. Eles
repetiam palavras, palavras, apenas palavras - como cantava a grande Mina; eles
eram assim. Apenas palavras. Ao invés em Jesus, a palavra tem autoridade, Jesus
tem autoridade. E isto toca o coração”.
Por
que? Pergunta o Papa. Porque a Sua palavra realiza o que Ele diz. Porque Ele é
o profeta definitivo. Mas por que eu digo isto, - interrogou Francisco - que
Ele é o profeta definitivo? Recordemos a promessa de Moisés: Moisés diz:
"depois de mim, no futuro, virá um profeta como eu - como eu! - que
ensinará vocês". Moisés anuncia Jesus como o profeta definitivo.
“O
ensinamento de Jesus tem a mesma autoridade de Deus que fala; de fato, com um
único comando, ele liberta facilmente o possuído do maligno e o cura. Por isso
ele fala não com autoridade humana, mas com autoridade divina, porque tem o
poder de ser o profeta definitivo, isto é, o Filho de Deus que nos salva, nos
cura a todos”.
O
Pontífice em seguida disse que o segundo aspecto, o da cura, mostra que a
pregação de Cristo tem como objetivo derrotar o mal presente no homem e no
mundo.
“Sua
palavra - disse - aponta diretamente contra o reino de Satanás, o coloca em
crise e o faz recuar, o obriga a sair do mundo. Aquele homem possuído,
alcançado pelo comando do Senhor, é libertado e transformado em um nova pessoa.
Além disso, a pregação de Jesus pertence a uma lógica oposta à do mundo e do
mal: suas palavras se revelam como a perturbação de uma ordem errada de coisas.
O demônio presente no homem possuído, de fato, grita quando Jesus se aproxima:
"Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir"? Estas
expressões indicam a total estranheza entre Jesus e Satanás: eles estão em
planos completamente diferentes; não há nada em comum entre eles; são o oposto
um do outro”.
"Jesus
fala com autoridade, o Filho de Deus que cura". Nós ouvimos as palavras de
Jesus que tem autoridade, "não se esqueçam - disse o Papa – carreguem no
bolso, na bolsa um pequeno Evangelho para lê-lo durante o dia, para ouvir
aquela palavra com autoridade de Jesus". “Todos nós temos problemas,
peçamos a Jesus a cura de nossos pecados de nossos males”.
A
Virgem Maria – concluiu o Papa - sempre conservou em seu coração as palavras e
os gestos de Jesus, e o seguiu com total disponibilidade e fidelidade. “Que ela
também nos ajude a ouvi-Lo e a segui-Lo, para que possamos experimentar em
nossas vidas os sinais de sua salvação”.