Crônica da Semana - O perdão deve ser recíproco, verdadeiro e infinito


O PERDÃO DEVE SER RECÍPROCO, VERDADEIRO E INFINITO  
(Adalton Cristino Borges)
A sublime atitude do perdão deve ser incluída em nossa prática de conversão e estar inserida em todos os dias de nossa caminhada.
Jesus até no momento de sua paixão soube perdoar e perdoar realmente com o coração.
Falamos sempre em perdão e será que já fizemos uma análise deste ato que purifica e quando verdadeiro, coloca-nos dignos da absolvição do nosso Deus, como um gesto que deve ser recíproco?
Podemos ser perdoados e perdoar: quando em um ato de humildade e justiça nos humilhamos e nos apresentamos àquele que por algum motivo nos prejudicou e perdoamos toda ação que contra nós foi aplicada. Estamos assim perdoando e ao mesmo tempo solicitando o perdão, pois se o irmão não se arrepender da sua ofensa contra nós e não for tocado pelo Espírito Santo, deixando que seu coração seja irrigado pelo sangue do nosso Jesus Cristo que a todos perdoa, acolhe e transforma, o ato da absolvição não se torna pleno.
Podemos, por vezes, ser a pessoa que está magoada e que guarda rancores e demais sentimentos que só nos causam dor e nos afastam da nossa missão de autênticos cristãos.
Outras vezes estamos do outro lado, pois além de termos ofendido, temos a oportunidade de perdoar sem ter que nos purificarmos do egoísmo e prepotência humana e ainda sim humilhamos, por vaidade, aquele que se libertou e conseguiu por meio de orações chegar até nós para que aliviemos o fardo que nós mesmos colocamos sobre suas costas.
A nossa missão infinita de praticar o perdão e independente do seu teor ou a quem devemos dar ou recebê-lo, contribuirá para que nos tornemos obedientes ao nosso Pai e nos dará o direito de poder sentir esta virtude que por Ele é aplicada constantemente.
 “ Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.”(Salmo 24).
Perdoai sempre e de maneira verdadeira. Quando perdoar retire do seu corpo, da sua mente, do seu coração, da sua língua,  dos seus olhos, todo o “veneno” que o contamina e que o afasta dos seus ofensores e que o aflige noite e dia, que o maltrata interiormente, não permitindo que Deus assim, o redima dos seus deslizes e faltas.
Procure rotineiramente ficar livre de toda opressão: se possuir inimigos ofereça sua reconciliação, se possuir dívidas, seja qual for, procure negociá-las ou saldá-las.
Seja justo, consciente e não ultrapasse os limites daquilo, que como filho querido de Deus o diferencia dos malfeitores. Demonstre sempre que puder seus bons exemplos.
Faça a sua parte: ore sempre que puder e confie que o Senhor está com sua proteção em todos os momentos.
Nossa fé fará toda a diferença em nossos momentos de sorrisos ou de lágrimas, de presença ou de ausência, de terra e de céu!
Desde os primeiros momentos do dia devemos perdoar todos aqueles que nos ofenderam. Não guardemos  mágoas ou ressentimento, perdoemos por completo, pois assim, Deus que de todos conhece o íntimo, verá nossos bons frutos e fará de nós como uma figueira viçosa e de raízes profundas, que atrai a todos que se aproximam desejosos de frutos e sombra.
Deus na sua imensa vontade de nos ver sempre agraciados, concedeu-nos a única oração ensinada por seu filho Jesus: “O Pai Nosso”, e que quando conscientemente rezada, nela temos a oportunidade de pedir e dar o nosso perdão.
Saibamos aceitar a vontade de Deus. Fiquemos satisfeitos com aquilo que nos é oferecido e necessário e acima de tudo, devemos a cada dia praticar o perdão, mas não só o perdão com palavras, mas todo perdão com verdadeiro arrependimento e sentimento que nascem do coração. Quando perdoamos verdadeiramente, sempre veremos um sorriso estampado na face de Jesus a nós direcionado.