Santo do Dia - 06/09 - São Liberato de Loro
Santo
do Dia
06 SETEMBRO
2020
São
Liberato de Loro
Liberato
nasceu na pequena Loro Piceno, província de Macerata, na Itália. Pertencia à
nobre família Brunforte, senhores de muitas terras e muito poder. Mas o jovem
Liberato ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção à Virgem Maria
abandonou toda a riqueza e conforto para seguir a vida religiosa. Renunciou às
terras e o título de Senhor de Loro Piceno, que havia herdado de seu tio em
favor de seu irmão Gualterio, e foi viver no Convento de Rocabruna, em Urbino.
Ordenado
sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações
contemplativas, retirou-se ao pequeno e ermo convento de Sofiano, não distante
do castelo de Brunforte. Ali, vestiu o hábito da Ordem dos frades menores de
São Francisco, onde sua vida de virtudes lhe valeu a fama de santidade. Em
“Florzinhas de São Francisco”, encontramos o seguinte relato sobre ele: “No
Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em plena comunhão
com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as orações
chegava a se elevar do chão. Por onde andava os pássaros o acompanhavam,
pousando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente. Amigo da
solidão, raramente falava, mas quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos
anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, penitência e à oração contemplativa.
Os demais irmãos lhe dedicavam grande consideração. Quando atingiu a idade de
quarenta e cinco anos, sua virtuosa vida chegou ao fim. Ele caiu gravemente
enfermo, ficando entre a vida e a morte. Não conseguia beber nada, por outro
lado, recusava-se a receber tratamento com medicina terrena, confiando somente
no médico celestial, Jesus Cristo, e na Sua abençoada Mãe. Ela milagrosamente o
visitou e consolou, quando estava em oração se preparando para a morte.
Acompanhada de três santas virgens e com uma grande multidão de anjos,
aproximou-se de sua cama. Ao vê-la, ele experimentou grande consolo e alegria
de alma e de corpo, e lhe suplicou, em nome de Jesus, que o levasse para a vida
eterna se tivesse este merecimento. Chamando-o por seu nome, a Virgem Maria
respondeu: “Não temas, filho, que tua oração foi ouvida, e eu vim para te
confortar antes de tua partida desta vida”. Assim frei Liberato ingressou na
vida eterna, numa data incerta do século XIII.
No
século XV, o culto à Liberto de Loro era tão vigoroso, que as terras dos
Brunforte recebeu autorização para se chamar São Liberato. Inclusive, o novo
convento construído por ocasião da sua morte, ao lado do antigo de Sofiano. E
construíram também uma igreja para conservar as suas relíquias, atualmente
Santuário de São Liberato. Porém, só no século XIX, após um complicado e
atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi reconhecido pelo
Papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica de ser chamado de Santo. A
festa de Santo Liberato de Loro foi mantida na data tradicional de 06 de
setembro, quando suas relíquias foram solenemente transferidas para o altar
maior do atual Santuário de São Liberato, na sua terra natal.
São
Liberato de Loro, rogai por nós!