Informação Especial - 19/11 - O convite do Papa para amar a Igreja
O convite do Papa para amar a Igreja
Fiéis na Praça São Pedro (Vatican Media)
As
palavras do Papa Francisco na Audiência Geral de 18 de novembro:
"Exorto-vos a amar a Igreja do Senhor porque ela é a nossa casa"
- Sergio Centofanti -
“Exorto-vos
a amar a Igreja do Senhor", este foi o convite do Papa Francisco no final
da audiência geral da quarta-feira (18), dia da Dedicação da Basílica de São
Pedro no Vaticano e da Basílica de São Paulo na Via Ostiense. “Esta festa que
destaca o significado da igreja, edifício sagrado onde os fiéis se
reúnem", disse o Papa, "eleva em todos nós a consciência de que cada
um é chamado a ser um templo vivo de Deus", cooperando "com
generosidade e entusiasmo" na "construção da Casa do Senhor, a morada
do Altíssimo entre nós".
Amar
a Igreja é uma característica dos que creem, dos que estão nela como uma
família, a família de Deus. Em uma catequese de 29 de maio de 2013, Francisco
lembrou que o desígnio de Deus "é fazer de todos nós uma única família de
Seus filhos, na qual cada um o sinta próximo e amado por Ele". A Igreja
“não é uma organização”, mas “é obra de Deus” que nasce da Cruz “do lado aberto
de Jesus, de onde jorram sangue e água, símbolos dos Sacramentos da Eucaristia
e do Batismo” e se manifesta no Pentecostes, quando “o dom do Espírito Santo
enche o coração dos Apóstolos, impelindo-os a sair e a começar a percorrer o
caminho para anunciar o Evangelho, para difundir o amor de Deus”.
Aos
que dizem “Cristo sim, a Igreja não”, Francisco responde: “Mas é precisamente a
Igreja que nos traz Cristo e que nos leva a Deus; a Igreja é a grande família
dos filhos de Deus. Sem dúvida, ela também tem aspectos humanos; naqueles que a
compõem, Pastores e fiéis, existem defeitos, imperfeições e pecados; até o Papa
os tem, e tem tantos, mas é bom saber que quando nos damos conta que somos
pecadores, encontramos a misericórdia de Deus, que perdoa sempre”.
“Precisamente
porque nos gera para a vida nova e nos leva a Cristo – afirma o Papa - a Igreja
é nossa mãe; por isso devemos amá-la, mesmo quando vislumbramos no seu rosto as
rugas da fragilidade e do pecado, e devemos contribuir para a tornar cada vez
mais bela e luminosa, para que possa ser um testemunho do amor de Deus no
mundo” (Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, 31 de janeiro de
2019).
O
Papa nos convida a amar e defender a Igreja como amamos e defendemos nossas
famílias, mesmo quando pais, irmãos, irmãs ou filhos têm defeitos e problemas e
cometem erros. Como um exemplo de amor à Igreja, o Papa uma vez citou o Padre
Pio:
“Ele
amou a Igreja, com os numerosos problemas que a Igreja tem, com muitas
adversidades, com tantos pecadores. Porque a Igreja é santa, é a esposa de
Cristo, mas nós, os filhos da Igreja somos todos pecadores — e alguns grandes!
— mas ele amou a Igreja tal como era, não a destruiu com a língua, como agora está
na moda fazer. Não! Ele ama. Aquele que ama a Igreja sabe perdoar, porque sabe
que ele próprio é pecador e necessita do perdão de Deus. Sabe consertar as
coisas, porque o Senhor quer ajeitar bem as coisas, mas sempre com o perdão:
não se pode viver uma vida inteira acusando, acusando, acusando a Igreja. De
quem é o papel de acusador? Quem é aquele que a Bíblia chama o grande acusador?
O diabo! E aqueles que passam a vida acusando, acusando, acusando, são — não
diria filhos, porque o diabo não os tem — mas amigos, primos, parentes do
diabo. Mas não, isto não está bem, os defeitos devem ser assinalados para serem
corrigidos, mas no momento em que se indicam os defeitos, se denunciam os
defeitos, ama-se a Igreja. Sem amor, isto é do diabo” (Discurso aos peregrinos
da Arquidiocese de Benevento, 20 de fevereiro de 2019)
O
diabo age para destruir a unidade de uma família. O Papa disse isso muitas
vezes: satanás quer dividir os irmãos, que dividir a Igreja para a separar de
Deus. E muitas vezes o maior perigo vem de dentro e não de fora: “A
autodestruição ou o ‘fogo amigo’ é o perigo mais insidioso. É o mal que fere a
partir de dentro” (Discurso à Cúria Romana, 22 de dezembro de 2014)
A
guerra do diabo “é uma guerra suja” e nós “ingênuos fazemos o jogo dele” (Missa
na Casa Santa Marta, 12 de setembro de 2016). “O diabo quer criar a guerra
interna, uma espécie de guerra civil e espiritual. Uma guerra que não se faz
com as armas que nós conhecemos: se faz com a língua” (Homilia para a
Gendarmaria Vaticana, 28 de setembro de 2013). A esta guerra, guerra de
acusações, de ódio e mentiras, afirma Francisco, só se pode responder com
oração e amor: rezar pela Igreja e amá-la porque "Jesus Cristo e a Igreja
são uma coisa só" (Audiência Geral de 29 de maio de 2013).
Fonte:https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-11/papa-francisco-amar-igreja.html