Agenda da Semana - 25/10 a 02/11

Editorial

“Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas.” (Mt 22, 40)

 

- Adriana da Silva Ladeira -

 

Paz e Bem a todos!

Ao chegarmos no final do mês dedicado às missões, gostaria de chamar a atenção para a liturgia desse final de semana. Na segunda leitura, Paulo nos apresenta uma comunidade exemplar, que vivia animada pela Palavra, empenhada em fazer a vontade e Deus, comprometida com os irmãos e o Cristo. Os tessalonicenses eram fiéis ao Evangelho e a Jesus apesar das dificuldades e hostilidades dos judeus e pela tensão entre cristãos e autoridades da cidade. Fica claro para nós que alegria e sofrimento fazem parte do dinamismo do Evangelho desde sempre.

Assim, também, é a nossa vida de cristão missionário. Todo aquele que se compromete com o Reino, por vezes, terá tristezas, dificuldades e denotas, mas, o sofrimento deve ser para nos fortalecer e questionar em nós o quanto estamos unidos a Deus e a Palavra. É preciso ter a esperança na condução do Senhor em nossas causas e a certeza da vitória com Ele. É preciso também intender que nenhuma comunidade cristã é uma ilha e que elas partilhem, criem laços e se animem mutuamente umas às outras, se ajudem, se alegrem juntas. É assim que o projeto de Deus vai se cumprindo.

Já no Evangelho, gostaria de refletir com vocês algo muito importante: “O que é realmente essencial em nossa vida?” Pode não parecer, mas quando o doutor da Lei questiona Jesus sobre qual seria o maior mandamento, ele está, na verdade, querendo “pegar” Jesus em armadilha. Eles queriam com essa pergunta, demonstrar que Jesus não sabe interpretar a Lei e que, portanto, não seria digno de crédito.

A questão do maior mandamento da Lei não era uma questão pacífica no tempo de Jesus, mas era objeto de debates intermináveis entre os frequentadores das sinagogas. Mas a resposta de Jesus sai da visão estreita que eles tem e entra num patamar muito mais profundo. Para Jesus, o importante não é definir qual é o maior mandamento, mas encontrar a raiz de todos os mandamentos. Na vida de Jesus, cumprir a vontade do Pai passa a fazer parte de uma vida de entrega amorosa aos irmãos.

Assim, “Amar a Deus” e “Amar o próximo”, não são dois mandamentos, mas duas faces da mesma moeda. Portanto, “Amar a Deus” é cumprir o seu projeto de amor, que se concretiza na solidariedade, na partilha, no serviço, no dom da vida aos irmãos. E “Amar o próximo como a si mesmo”, não é qualquer amor. É o amor na sua totalidade, sem limites, sem preconceitos. E isso realmente é essencial; o resto é mero comentário.