Informação Especial - 26/10 - Papa no Angelus: o amor ao próximo é chamado também de caridade fraterna
Papa no Angelus: o amor ao próximo é chamado também de
caridade fraterna
No angelus deste domingo Francisco disse que "enquanto houver um irmão ou irmã a quem fechamos os nossos corações, ainda estaremos distantes de ser discípulos, como Jesus nos pede".
- Silvonei José - Vatican News -
"Aquele
que não ama o seu irmão a quem vê, não pode amar a Deus que não vê". São
palavras do Papa Francisco que, na oração do Angelus deste domingo, começou com
o Evangelho de Mateus 22, 34-40. Quando um doutor da Lei pergunta a Jesus -
disse o Papa - qual é "o grande mandamento", ou seja, o mandamento
principal de toda a Lei divina, Jesus responde: "Amarás o Senhor teu Deus
com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente". E
acrescenta imediatamente: "O segundo é semelhante a este: "Amarás o
teu próximo como a ti mesmo".
A
resposta de Jesus retoma e une dois preceitos fundamentais que Deus deu ao seu
povo através de Moisés. A fé não consiste em uma “obediência forçada”, disse
Francisco. Jesus estabelece dois fundamentos essenciais para os crentes de
todos os tempos.
O
primeiro é que a vida moral e religiosa não pode ser reduzida a uma obediência
ansiosa e forçada, mas deve ter como princípio o amor. O segundo é que o amor
deve tender junto e inseparavelmente para Deus e para o próximo. Esta é uma das
principais novidades do ensinamento de Jesus e nos faz compreender que não é
verdadeiro amor a Deus o que não se expressa no amor ao próximo; e, da mesma
forma, não é amor verdadeiro ao próximo o que não se baseia no relacionamento
com Deus. E o amor ao próximo, que também é chamado de caridade fraterna, é
feito de proximidade, de escuta, de partilha, de cuidado com os outros.
No
Evangelho deste domingo – disse o Pontífice -, mais uma vez, Jesus nos ajuda a
ir à fonte viva e efusiva do amor. Tal fonte é o próprio Deus, a ser amado
totalmente numa comunhão que nada e nem ninguém pode romper.
Comunhão
que é dom a ser invocado todos os dias, mas também um compromisso pessoal para
que a nossa vida não se deixe escravizar pelos ídolos do mundo. E a verificação
do nosso caminho de conversão e santidade está sempre no amor ao nosso próximo.
Enquanto houver um irmão ou irmã a quem fechamos os nossos corações, ainda
estaremos distantes de ser discípulos, como Jesus nos pede. Mas a Sua divina
misericórdia não nos permite desanimar, pelo contrário, Ele nos chama a
recomeçar todos os dias para viver de forma coerente o Evangelho.
O
Papa concluiu pedindo a intercessão de Maria Santíssima para que abra os nossos
corações para acolher o "grande mandamento", o duplo mandamento do
amor, que resume toda a lei de Deus e da qual depende a nossa salvação.