Agenda da Semana - 02/08 a 09/08




EDITORIAL – 1º DOMINGO DE AGOSTO/2020
- João Rodrigo Langkammer -
Evangelho de Mateus 14,13-21
Um das primeiras lições que Jesus nos dá nesse evangelho é que nem mesmo uma notícia ruim, como a morte de João Batista, pode ser capaz de nos desviar de nosso maior objetivo como cristão: construir um Reino de Paz, Justiça e Amor.
Jesus levava a boa nova por onde passava, mas antes Ele era a boa notícia que atraia a atenção e o fascínio das pessoas por Jesus, pois onde corria a notícia de onde ele estaria para lá todos afluíam. E diante da multidão, Jesus realizava as mais diversas curas, do corpo e da alma, pois sabia que nem só de pão vive o homem, mas dar-se, ele mesmo como o Pão da Vida, era igualmente fundamental.
Jesus sabia que naquela multidão havia também pecadores, mas não julgava, não fazia distinção de pessoas apesar de conhecer o interior de cada um, amava indistintamente e imerecidamente a cada uma, pois desejava ardentemente ser aceito e ocupar o lugar naqueles corações.
Até os próprios discípulos, preocupados mais com a fome física do que a espiritual, queriam despedi-los de mãos vazias, mas Jesus, afirmando aos seus discípulos que eles mesmos deviam dar ao povo o que comer, queria mesmo era que o ser humano participasse do momento fazendo sua parte para Ele pudesse realizar a Sua.
Fico a imaginar se os discípulos não tivessem apresentado o cinco pães e dois peixes, se teria havido o milagre da multiplicação? Seja como for, parece que Nosso Senhor espera de nós fazermos a nossa parte, para que Ele possa fazer a Dele. Como se nossa ação, por menor e menos importante que seja, fosse a mola propulsora que dá início à ação divina, que por sua vez faz o milagre acontecer. Evidente que o Senhor não depende de nós para nos dar algo, mas não estaria Ele sondando nosso coração e esperando de nós que nossa vontade de traduza em algum gesto concreto?
Que possamos aprender do Senhor que o querer não é compatível com cruzar os braços, e ter fé não se resume a sentir algo ou se emocionar, mas é sobretudo arregaçar as mangas e traduzir nossas boas intenções em atitudes concretas na vida do próximo e dos mais necessitados.