Informação Especial - 12/12 - Detalhes sobre a imagem da Virgem de Guadalupe que intrigam cientistas
Detalhes
sobre a imagem da Virgem de Guadalupe que intrigam cientistas
- REDAÇÃO CENTRAL, 12 dez. 20 / 06:00 am (ACI) -
Todo ano, no dia 12 de dezembro, a Igreja Católica celebra a Festa de Nossa Senhora de Guadalupe. Nesse dia em 1531, a Virgem Maria apareceu a um indígena de 57 anos chamado Juan Diego. A história da “tilma” em que a imagem da Virgem apareceu é conhecida, o que ainda é desconhecido para a ciência é como ela foi feita.
Em um de
seus encontros, a Virgem Maria pediu a Juan Diego que recolhesse na “tilma”
dele –um tecido muito singelo – rosas de Castilla que tinham florescido, apesar
do inverno, para que as apresentasse ao Arcebispo do México, Dom Juan de
Zumárraga, como prova das aparições.
Quando
Juan Diego desdobrou a “tilma” com as rosas diante do Prelado, sobre ela estava
impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Nos sete anos seguintes, mais
de 9 milhões de astecas se converteram ao cristianismo. Juan Diego foi
proclamado santo por São João Paulo II em 2002, na sua última visita ao México.
A seguir,
quatro fatos realmente impressionantes sobre a imagem de Nossa Senhora de
Guadalupe que ainda intrigam a ciência:
1. Ela
possui qualidades que são impossíveis de replicar humanamente
Feita
principalmente de fibras de cacto, a “tilma” era tipicamente de muito baixa
qualidade e tinha uma superfície áspera, tornando-a muito difícil de usar,
ainda mais para pintar sobre ela uma imagem que perdurasse. Entretanto, a imagem
ainda se conserva intacta e os cientistas que a estudaram insistem que não se
utilizou nenhuma técnica para adequar a superfície.
A
superfície onde a imagem está “estampada”, no entanto, é muito suave,
assemelhando-se à seda. A parte onde a imagem não está segue sendo áspera e
tosca.
Mais
ainda. Os peritos em fotografia infravermelha que estudaram a “tilma” no final
da década de 1970 determinaram que não havia traços de pincel, dando como
resultado uma imagem que foi plasmada toda ao mesmo tempo.
Isto,
junto com uma qualidade iridescente de mudar ligeiramente de cores dependendo
do ângulo que uma pessoa a veja e o fato de que a coloração da imagem não
demonstra elementos animais ou minerais (os corantes sintéticos não existiam em
1531), o que gera ainda mais perguntas aparentemente impossíveis de responder.
Isso é impressionante.
2. A
ciência demonstrou que não se trata de uma pintura
Uma das
primeiras coisas que dizem os céticos sobre a imagem é que de alguma forma
houve uma fraude e que a imagem foi pintada com uma técnica conhecida naquela
época, mas desconhecida hoje em dia. O fato é que há séculos ninguém conseguiu
replicar uma imagem com as propriedades deste manto, começando pelo fato de que
perdure tanto tempo, quase 500 anos, sem descolorir.
Miguel
Cabrera, artista do século XVIII que produziu três das melhores cópias já
conhecidas (uma para o arcebispo, uma para o Papa e uma para ele para futuras
réplicas), escreveu certa vez sobre a enorme dificuldade de recriar a imagem
mesmo sobre as melhores superfícies. Outro fato que impressiona.
3. O
manto mostrou características surpreendentemente parecidas com as de um corpo
humano
Em 1979,
quando o Dr. Phillip Callahan, um biofísico da Universidade da Flórida (Estados
Unidos), estava analisando a “tilma” usando tecnologia infravermelha, descobriu
que a malha mantém uma temperatura constante de entre 36,6 e 37 graus Celsius,
a temperatura normal de uma pessoa viva.
Quando o
Dr. Carlos Fernández de Castillo, médico mexicano, examinou o tecido, encontrou
uma flor de quatro pétalas sobre o ventre da Maria. Os astecas chamavam a flor
de “Nahui Ollin” e era o símbolo do sol e da plenitude.
Depois de
mais exames, o Dr. Fernández de Castillo concluiu que as dimensões do corpo de
Nossa Senhora na imagem eram os de uma mãe por dar à luz em pouquíssimo tempo.
E como se sabe, 12 de dezembro, dia da aparição está muito perto do Natal.
Finalmente,
uma das atribuições mais comuns e descobertas reportadas estão dentro dos olhos
da Virgem na imagem.
O Dr. José
Alte Tonsmann, um oftalmologista peruano, estudou os olhos da imagem da Virgem
com uma magnificação de 2.500 vezes e foi capaz de identificar até 13
indivíduos em ambos os olhos em diferentes proporções, exatamente como um olho
humano refletiria uma imagem.
Parecia
ser uma captura do momento exato em que Juan Diego desdobrou a “tilma” perante
o Arcebispo Zumárraga. Isso é surpreendente.
4.
Parece ser virtualmente indestrutível
Dois
eventos ameaçaram o manto através dos séculos. Um deles ocorreu em 1785 e o outro
em 1921.
Em 1785,
um trabalhador estava limpando a proteção de vidro quando acidentalmente
derramou solvente de ácido nítrico sobre uma grande parte da imagem. A imagem e
o resto do manto deveria ser quase instantaneamente corroído pelo ácido, mas não
foi assim. A imagem “autorrestaurou-se” após 30 dias e permanece intacta até
hoje, com apenas pequenas manchas e em lugares onde a imagem não está plasmada.
Em 1921,
um ativista anticlerical escondeu 29 cargas de dinamite em um vaso de rosas e o
pôs diante da imagem dentro da Basílica de Guadalupe.
Quando a
bomba explodiu, quase tudo, desde o piso até o genuflexório de mármore voou
pelos ares. A destruição alcançou inclusive as janelas a 150 metros de
distância e os candelabros de metal que estavam ao lado da Virgem ficaram
retorcidos pela força do impacto.
Entretanto
a imagem e o vidro ao seu redor, que não era a prova de bala, permaneceram
totalmente intactos. Um pesado crucifixo de bronze, que terminou completamente
dobrado para trás, evidencia a força das dinamites que deveriam ter estilhaçado
o vidro e repartido o manto por completo.
Outros
detalhes do manto ainda chamam a atenção de cientistas e fiéis como os
seguintes:
O cabelo
solto da Virgem, símbolo asteca para a virgindade.
As mãos,
uma mais morena e a outra mais branca, mostram a união de duas raças.
As 46
estrelas do manto mostram exatamente as constelações vistas no céu daquela
noite em 1531.
Os raios,
que simbolizavam para os astecas o brilho do sol, a maior divindade desta
cultura, os quais se intensificam no ventre da imagem, onde Maria carrega o
menino.
A lua sob
seus pés, que além de evocar a imagem do Apocalipse da Mulher vestida de sol
com a lua sob seus pés, evoca o próprio nome do México, que em língua asteca
significa “centro da lua”.
Finalmente,
o anjo representado com asas de pássaros típicos daquela região do México
simboliza a junção entre a terra e o céu.