Santo do Dia - 22/12 - Santa Francisca Xavier Cabríni
Santo
do Dia
22 DEZEMBRO
2020
Santa
Francisca Xavier Cabríni
Chamada por Pio XII de “heroína dos tempos modernos”, Santa Francisca nasceu em Sant’Angelo de Lódi, na Lomabardia, Itália, em 1850. Última dos 13 filhos de Agostinho Cabríni e Estela Oldini, recebeu no batismo o nome de Maria Francisca, ao qual mais tarde ajuntou o de Xavier, pelo seu amor e veneração ao apóstolo das Índias.
Aos
11 anos fez voto de castidade. Seguiu a carreira do magistério com as
religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus, em Arluno, terminando-a aos 18
anos. Sentindo vocação divina, pretendeu entrar para essa Congregação
religiosa, mas foi recusada por falta de saúde.
Exerceu
durante dois anos o cargo de professora primária em Vidardo e durante três anos
dedicou-se na sua terra à instrução religiosa da juventude e ao tratamento dos
enfermos e daqueles que eram atingidos pela peste. Aos 23 anos tentou mais uma
vez ser religiosa nas Filhas do Sagrado Coração, mas de novo obteve uma
negativa.
Após
isso, Santa Francisca transladou-se à “Casa da Providência” em Codogno, a fim
de a reformar, pois estava em franca decadência. Fez a profissão em 1877 e a
partir disso, em meio a grandes tribulações e sofrimentos, ela encontrou as
sete primeiras companheiras de sua futura Obra.
Três
anos mais tarde, fundou uma nova Congregação religiosa. A 10 de novembro de
1880 alojou-se, com sete companheiras, num desmantelado Convento franciscano,
onde, a 14 do mesmo mês, deu princípio ao novo Instituto, com a inauguração de
uma capela em honra ao Sagrado Coração de Jesus. Um mês mais tarde, a sua Obra
recebia a aprovação episcopal. Francisca contava então 30 anos.
Enquanto
se dedicava com as companheiras à educação das meninas e à catequização dos
rapazes, foi compondo as regras do seu Instituto, obra de prudência sobre-humana,
que recebeu aprovação episcopal em 1881 e a definitiva da Santa Sé em 1907. Em
1884, com 7 anos de vida, a Obra já contava com cinco casas.
Em
1887, partiu para Roma onde, a princípio, só encontrou dificuldades e portas
fechadas até que, com fé, simplicidade e perseverança, Santa Francisca obteve a
autorização do Cardeal Vigário para construir uma escola gratuita para pobres
fora da Porta Pia e um asilo infantil na Sabina, em Aspra.
O
problema da emigração italiana para a América do Norte preocupava o então Bispo
de Placença, Mons. Scalabrini, que pediu à serva de Deus algumas das suas
religiosas para irem socorrer aqueles desamparados. Mas a virtuosa fundadora
não se decidia a responder, pois pensava nas Missões do Oriente. Foi então
consultar o Papa Leão XIII que, após ouvir Francisca, concluiu: “Não ao Oriente
mas ao Ocidente”. E desde esse momento ficou decidida a sua partida para Nova
Iorque, a qual veio realizar pela primeira vez em 1889.
Quase
aos 40 anos de idade, começa uma série ininterrupta de viagens, percorrendo a
América inteira, transpondo a cavalo a Cordilheira dos Andes, sendo por toda
parte conhecida como a “Mãe dos emigrados”. Ia de casa em casa, a procura da
ovelha perdida, do enfermo e da criança ignorante. Lutou denotadamente contra a
fome, as enfermidades e a própria morte.
Em
1912 fez a sua última viagem de Roma a Nova Iorque. A santa fundadora das
Missionárias do Sagrado Coração morreu em Illinois, perto de Chicago, a 22 de
dezembro de 1917, com 67 anos de idade. Igual era o número das casas que então
deixara fundadas e que em 1938 subiam a mais de 100, com cerca de 4.000
religiosas.
A
fama das suas virtudes e os prodígios por ela operados fizeram que logo após a
morte se começasse o processo da sua beatificação, que veio a se realizar em
1938. Foi canonizada pelo Papa Pio XII a 7 de julho de 1946.
Santa
Francisca Xavier Cabríni, rogai por nós!